sexta-feira, outubro 31, 2008

Entrevista da semana: Rebeca Gusmão


Entrevistador: Rebeca, antes de começar, para tornar essa nossa entrevista mais descontraída vc se importaria se eu usasse algum apelido quando falasse contigo?

Rebeca:
Não, claro que não

Entrevistador: É que faz parecer que somos mais íntimos, a coisa flui melhor, pelo menos pra mim. Ótimo, então podemos começar?

Rebeca:
Demorou.

Entrevistador: Rebecão mão-de-pilão, eu sei que foi difícil pra vc, mas tem como relatar para os nossos leitores um pouco da experiência traumática que foi ser assediada pelo próprio treinador?

Rebeca:
Não fui eu que fui assediada, brother. Tu tá me estranhando? Foi a Joana Maranhão. Fico triste pela situação que ela passou naquela idade. Mas hoje na piscina a mina até que dá um caldo... Entendeu? Piscina, caldo... Hein, hein? Huohohohohuohoho (peida) huoho... desculpa.

Entrevistador: Eu é que peço desculpas, o roteirista que formulou as perguntas me derrubou do cavalo aqui... Mas vamos lá. Sobre o lance do dopping, dizem que encontraram excesso de testosterna identificado na sua urina. Estranho isso pq nem parece, né? Mas vc tem alguma coisa a dizer? É uma ótima oportunidade para se defender.

Rebeca: Pau no cu do COB.

Entrevistador: Tá certo. Mas Rebecão meu nego, me disseram que vc está ingressando em um outro esporte, isso é verdade?

Rebeca: Verdade, já que não posso mais nadar resolvi seguir com a minha vida.

Entrevistador: Luta greco-romana?

Rebeca: (um pouco irritada) Não...

Entrevistador: Sumô?

Rebeca: (irritada) Não!

Entrevistador: Bom, nada de luta, então... Rugby?

Rebeca: Futebol, caralho!! (peida). Foi mal de novo, não posso me alterar, merda! Sou atacante de um time aqui de Brasília.

Entrevistador: (silêncio)...

Entrevistador: É... assim... o time é feminino?

Rebeca: (batendo com a mão na mesa de centro) Claro que é!! E se vc fizer esse tipo de insinuação de novo a entrevista acaba e eu te arrebento, sua bicha! O negócio aqui era pra ser profissional, cacete! (peida) (peida)

Entrevistador: Perdão.

Rebeca: Vai, vamos acabar logo com essa porra!

Entrevistador: Sim, sim... Rebecão, uma curiosidade: vc levanta quanto no supino?

Fim da entrevista.




terça-feira, outubro 28, 2008

São Paulo, cidade sitiada

Domingo fui acusado de me incomodar demais com a incidência homossexual em ambientes paulistanos. Esse meu rigor crítico tem a mesma não-condencendência aplicada a pessoas desprovidas de beleza, gordas barulhentas e motociclistas. Atentem-se também:

Nos cafés, máximo cuidado! Antro boiolístico da paulicéia extremamente desvairada, a inexplicável (i)lógica: cafeína + lado feminino, merecedora de exaustivos estudos científicos, trouxeram essa situação a lugares assaz agradáveis em tempos mais remotos. Malditos(as).

Outro ponto importante é o cigarro. Nem todo mundo que fuma é viado. Mas todo viado fuma. Sabem aquelas coisas que as pessoas dizem nunca terem visto e que já perderam a graça? Enterro de anão, chester, Lombardi, cabeça de bacalhau... Eu acrescentaria mais duas lendas ao repertório: japonesa vesga e viado que não fuma. Reparem.

Situação: "O papo tá bom pessoal, mas preciso pegar meu rumo, esqueci de colocar ração pro Sandoval antes de sair de casa". Pô, que bacana, vc tbm tem cachorro, de que raça ele é? "O Sandoval não é cachorro, é um angorá"... (silêncio).

Muita atenção também a outras frases reveladoras como:
- "Dá pra misturar mais que uma fruta nesse suco?"
- "Não sei, acho que isso tá mais pra um azul-piscina".
- "O meu com chantilly, por favor".
- "Alguém aqui tbm vai pro show da Madonna?"
- "Pra nenhum. Só torço pro Brasil na Copa do Mundo".


É tudo em tom de brincaderia, espero que meu tosco senso observador não se confunda com qualquer variação homofóbica. Procurarei reparar em coisas mais agradáveis das próximas vezes, prometo. Ah, e um grande abraço aos amigos são-paulinos.

segunda-feira, outubro 27, 2008

A volta dos que não foram

Esse nosso tempo me fez refletir. Na convivência soluçada divagavam paradigmas essenciais. Tortuosos, mas essenciais. Assim por quase um ano. Fui egoísta, calculista. Por medo da vergonha deixei de expressar meus sentimentos. Demasiado valor à opinião de amigos e mesmo de irrisórios novos desconhecidos. Mas por dentro eu era penumbra. Tristeza fosca. Me perdoe.

Não é pelo seu novo momento que agora quero me reaproximar. As pessoas te dão mais valor, te reconhecem... Eu sei. Sei também que não mais te reservava tanto da minha atenção. Mas em tempo algum vislumbrei a hipótese da perda. Já não nos encontrávamos com a freqüência de antes. Mas essa culpa não era só minha. Não superei o que acontecera no quase reveillon do ano anterior. Ainda doía. Mas mesmo não sendo do jeito de sempre, nunca te abandonei. Vamos esquecer tudo o que foi ruim, já passou.

Juras de comprometimento eterno não serão poucas. Jamais te deixarei só: minha vida, minha história, meu amor. Prometo que sofreremos e sorriremos juntos para todo o sempre. Mas puta que pariu, CORINTHIANS, segunda divisão nunca mais, por favor!

segunda-feira, outubro 20, 2008

O primeiro a gente nunca esquece!


Primeiro texto que escrevo, acho que é necessário começar com um título clichê. E  por que não com um assunto igualmente batido? 
 
Pois bem. A necessidade de começar me faz lembrar as minhas 'primeiras vezes' durante a minha vida. Obvio que só lembro das traumatizantes. Uma vez li em algum lugar que alguém disse que só nos lembramos dos traumas. É verdade.

Puxando na memória lembro-me de imediato o primeiro beijo. Horrível, como todo primeiro beijo deve ser. Minhas mãos pareciam um afluente do rio Amazonas, minhas pernas não paravam de tremer, e o fato em si, quase não lembro de nada. Só torcia pra acabar e poder dizer que já beijei alguém.

Lembro do primeiro 0 em física, mas não lembro do primeiro 10. Recordo muito bem da primeira vez que foi feito de idiota durante a aula, do primeiro dedo quebrado jogando bola, do primeira final que vi o Flamengo perder e do primeira vez que vômitei de tanto que bebi.

Acho isso uma bela jogada do nosso cérebro. Uma maneira sagaz de mostrar que se algo está ruim, pode ficar pior. Ou então o contrário, como dizer: "calma, você já passou por algo pior, lembra de quando descobriu sua alergia a frutos do mar, na viagem pra Porto na 8º série?".

Então, se for pra seguir a teoria supracitada, espero não me lembrar como comecei esse blog.